Rejane Martins e equipe conversaram com alunos de Jornalismo da Univel sobre a revista e a carreira
25 de novembro de 2019
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POR:
Daniel Marcondes
Acadêmico de Jornalismo
No comando de uma Aldeia que não tem nada de índios, Rejane Martins é formada em jornalismo e pós-graduada pela vivência nas redações. Ela se destaca pelo texto apurado e pelo cuidado com os detalhes. Uma pessoa que leva consigo as marcas da vida, como o balde vermelho tatuado na porção de trás da perna direita fazendo jus à memória da vida no campo que teve até os 18 anos.
Há quem diga que o impresso não tem mais força, que o digital é quem manda e que os periódicos estão mortos e enterrados. Na contramão dessa realidade, a Revista Aldeia está entre nós desde 2007, mostrando que um conteúdo de qualidade faz diferença e que a humanização pode ser a saída.
Na tentativa de agregar um pouco dessa vivência da comunicação aos estudantes de jornalismo, a sócia-proprietária da revista Aldeia, Rejane Martins foi convidada para uma palestra no Centro Universitário Univel na última quarta-feira (20) para contar aos presentes sobre a revista e a trajetória que ela tem na profissão. A resposta veio com a presença dela, de Aline Gobi, que é gerente comercial e sócia da Aldeia, e de Pâmela Krüger, que é consultora de vendas da revista. “Foi uma caminhada e tanto. Eu comecei meus passos na redação em 1991, na Gazeta. Já trabalhei com assessoria também e depois de me formar em jornalismo, no Maranhão em 2005, decidi que partiria para um projeto independente. Então em 2007 nasceu a Aldeia”, revelou Rejane.
Em um bate-papo animado, Rejane deixou claro que não foi por acaso que a Aldeia é o que é hoje. Com circulação ininterrupta há 12 anos e dezenas de prêmios em toda a sua história (mais de três somente este ano), Rejane demonstrou que empreender pode ser a resposta para um jornalismo em crise e que fazer jornalismo deve ter seu aspecto positivo na vida das pessoas. “O mundo precisa de referências positivas, porque a mídia está espetacularizando demais as coisas. E na revista você tem a possibilidade de trabalhar o lado humano e com isso contar histórias para inspirar outras pessoas”, explicou ela.
A visita marcou o fim dos estágios realizados pelos acadêmicos do sexto semestre de jornalismo na redação da Aldeia. Em uma semana para cada um deles, os estudantes tiveram um contato direto com a prática do que aprenderam nos bancos escolares e tiveram a oportunidade de produzir conteúdo que foram veiculados dentro da revista.