Com projeto O Rastilho, acadêmico de Jornalismo faz músicas únicas para casais
7 de outubro de 2019
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POR:
Izadóra Chiquelero Lemos
Acadêmica de Jornalismo
Desde pequeno quis fazer músicas para emocionar as pessoas. O objetivo não era entreter, mas sim impressionar. Aos 20 anos de idade, Luiz Fernando Batista encontra equilíbrio entre o seu maior sonho: ser músico e a futura profissão, o Jornalismo. Tudo começou aos 7 anos de idade, quando o tio incentivou toda a família a colaborar para a compra do primeiro instrumento musical, um violão. O instrumento era simples, com cordas de nylon e era maior que ele. Os familiares ajudaram na compra com a intenção de deixar a criança feliz, mas o que eles não sabiam é que quando tivesse contato com o violão, iria querer aprender de qualquer maneira, tanto que aprendeu sozinho. “Aprendi vendo o vídeo do cantor Daniel, me lembro até hoje, eu olhava ele fazendo as notas e eu colocava ao contrário, e então eu posicionava os dedos nas cordas do violão e dava a nota certa, foi aí que tive percepção das notas para começar a cantar sem precisar de cifras”.
O sonho de ser profissional surgiu a partir da desconstrução de ideias negativas que eram colocadas para ele: as pessoas diziam não valer a pena. Surgiram dúvidas, mas não desistiu. Participou de um coral, e um montou uma banda com amigos do colégio. Foi aí que percebeu que tocar em barzinhos proporcionava algum retorno financeiro, apesar do cansaço. “O que me fez querer ser profissional foi unir os dois: o que eu preciso e o que eu gosto, ganhar dinheiro e fazer música”. A banda, no fim das contas, não foi adiante, alguns integrantes queriam que fosse apenas um hobby, outros preferiam seguir carreira.
O PROJETO RASTILHO
Esse sonho foi redirecionado com um projeto que Luiz desenvolveu: o Rastilho. O projeto está sendo a sua esperança, porque uniu o que precisa com o que gosta e também não interfere no curso que faz. “É um sonho que não vai me fazer cantar músicas dos outros, que era isso que eu não gostava quando eu cantava em banda, eu insistia em cantar música autoral, mas eles não queriam. Com este projeto, tenho a liberdade de compor minhas próprias músicas”.
Com o Rastilho, Luiz quer trabalhar com casais, contando a história deles através das letras. A ideia é que sejam apresentadas ao vivo no dia casamento. Assim, cada casal terá uma música única. “O meu objetivo inicial é fazer composições para casamentos. Aprendi no jornalismo uma técnica de entrevista com casal. Na primeira fase, eu entrevisto o casal, quero saber a história deles, e uso isso como base para compor a música. Será uma nova plataforma daqui um tempo. Normalmente, casais contratam músicos que tocam canções não autorais, e ter uma música no momento da cerimônia que foi feita com os gostos e com a história do casal é emocionante e é um diferencial”.
“Não quero desistir do projeto de forma alguma, pois ninguém fez, quando é uma coisa única, com diferencial temos que correr atrás. É muito importante não desistir de uma ideia dessas porque eu posso ser pioneiro nessa arte, alguém pode querer patentear, e isso vai ser muito gratificante, ver que alguém reconhece o meu esforço e dedicação pelo Rastilho, eu quero atingir uma nova plataforma”.
LANÇAMENTO
E o projeto já teve estreia! Foi no dia 17 de novembro de 2018 que o projeto Rastilho floresceu. O casal Gisele Rosa Falcante e Jonas Falcante deram vida ao grande sonho de Luiz, ao mesmo tempo que realizaram o próprio sonho de casar. Luiz conversou com o casal durante semanas, e pode presenciar o amor e a cumplicidade que uniu os dois. “O casal foi maravilhoso! Inclusive a história deles, e como eles se conheceram, toda história pode ter uma trilha sonora”.
EXPERIÊNCIA
No próximo mês, Gisele e Jonas completarão um ano de casados. E ela conta que a música representou um momento muito legal do casamento. A parceria começou no Facebook. “O primo do Jonas nos marcou em uma postagem do Luiz convidando noivos que iriam se casar para participar do projeto, quando vimos que fomos marcados já comentamos que toparíamos”.
“Fizemos uma entrevista com o Luiz Fernando, quando contamos sobre nossa história, como nos conhecemos, nossas manias, apelidos carinhosos, etc. Foi uma simples conversa e não imaginávamos o que iria receber no dia do nosso casamento”.
“No dia, estávamos com o coração disparado, mãos suadas, respiração ofegante, e muito felizes com tudo o que estava acontecendo desde às oito da manhã, quando casamos no civil, até às 17 horas, quando foi o casamento na igreja. Quando chegou o momento de recebermos essa homenagem, ficamos ainda mais felizes e nos emocionamos muito com nossa história virando uma música tão linda! Sinceramente, a música diz muito sobre nós. E nossos convidados puderam perceber essa energia naquele momento. Recebemos muitos elogios sobre a canção e ficamos imensamente gratos ao Luiz Fernando e seu projeto. Foi uma honra podermos ser o primeiro casal a participar. Ele tem um dom lindo que é a composição de músicas!”.
“Meses após esse dia, quando recebemos nosso DVD, pudemos escutar novamente toda a música gravada. É uma melodia tão gostosa que nos fez relembrar todo o dia que passamos. Temos muito gratidão a ele e ao projeto!”.
“GISELE E JONAS”
Confira a letra produzida por Luiz Fernando para o casamento de Gisele e Jonas.
Não há treino que faça sentir mais prazer do que o sorriso que ele ama ver Não há tristeza que faça ela esquecer, que os momentos felizes foram com você Chuva que não passa, encontro marcado Ela vai fazer de tudo para não ser cancelado, Não foi por acaso ele te conhecer Era o que faltava Era o que faltava Não foi por acaso ela corresponder Era o que faltava Era o que faltava