9 de fevereiro de 2021
Diogo Dias, acadêmico do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Univel, está em processo de recuperação após sofrer um grave acidente de carro, em fevereiro de 2020. Atualmente, o estado clínico de Diogo é considerado estável, porém, ele precisa de cuidados e alimentação específicos, além da necessidade de ser acompanhado em tempo integral, pois as sequelas o deixaram dependente para realizar diversas tarefas do dia a dia. Por isso, a família e amigos se uniram para arrecadar recursos, tanto para a quitação da dívida com a clínica, que gira em torno de R$ 30 mil, como para continuar oferecendo toda a estrutura que Diogo precisa.
São muitas as necessidades, tais como: cama hospitalar, colchão, cadeira de rodas, cadeira de banho, esteira para transferência, além dos materiais de consumo diário, alimentação específica, entre outros.
Em fevereiro do ano passado, Diogo Dias, aluno de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Univel, sofreu um grave acidente de carro na BR-277. Estavam também no carro com ele os amigos Lucas Alcântara e Carmela Andrade Pedicini. Lucas, que também foi acadêmico da Univel, teve ferimentos leves, apesar do choque com toda a situação vivenciada pelos jovens. Carmela, estudante de psicologia, infelizmente, não resistiu aos ferimentos.
Após um período internado na UTI, Diogo foi se recuperando e quando recebeu alta foi para a casa de sua avó, com quem já morava. Apesar das tentativas de tratá-lo em casa, foi necessária uma nova internação, agora em uma clínica especializada em cuidados multidisciplinares, que neste caso é particular e possui um custo elevado para a permanência no local. Até o início deste ano, o pai de Diogo arcou com os custos da clínica, mas ele teve Covid-19 e, com isso, teve que parar de trabalhar, gerando dívidas na clínica, que no momento estão em torno de R$ 30 mil.
Diogo foi transferido para Ivaté, no noroeste do Paraná, para receber os cuidados de sua tia, com o auxílio de sua mãe e sua avó, que se mudará para a cidade, assim que todos os trâmites sejam resolvidos.
Diogo já trabalhava como publicitário, em agências e empresas de Cascavel, tais como Fipal FIAT, Capim.AG e Fosbury. Ele sempre demonstrou seu amor e o sonho de se tornar um ótimo publicitário, desde o início da graduação se dispôs para todas as oportunidades que teve, o que o transformou no jovem profissional que já estava conquistando espaço no mercado. “Diogo sempre foi um aluno muito ativo dentro do curso, um aluno comprometido, sempre teve o sonho de ser publicitário, então ele ia muito além do que a sala de aula colocava para ele”, relata Rodrigo Cardoso, coordenador dos cursos de Comunicação da Univel.
Confira alguns trabalhos elaborados pelas agências Capim.AG e Fosbury com a direção de arte de Diogo Dias:
A mãe de Lucas, a advogada Loraine Alcântara, está acompanhando o caso desde o início e está auxiliando em todas as questões jurídicas, desde o atendimento a obtenção do benefício previdenciário que Diogo tem direito. Loraine afirma como Diogo é amado e querido por todos ao seu redor. “Conquistou muitos amigos e durante o período de internamento (antes das restrições), sempre havia um grande número de amigos aguardando autorização para visitas”, ressalta Loraine.
Thayse Truffa – Jornalista
O Di é um cara sensacional, ajudava no que fosse necessário, super companheiro.
A gente se conheceu na faculdade mesmo, ele veio me chamar para fazer parte da atlética e para uma festa dos membros na antiga Bibs. Depois disso foi só doideira, nossas turmas tinham uma aula juntas e a gente ficava conversando – para o desespero do professor Fábio.
Eu sinto falta do Diogo todo dia.
Nós estávamos sempre conversando, éramos confidentes, chorávamos as pitangas um para o outro. Ele é o tipo de cara que você sabe que pode contar como amigo mesmo, que te apoia nas suas ideias malucas e torce por você.
Eu amo ele, pra sempre.
Izadóra Chiquelero – Jornalista
A primeira vez que eu vi o Diogo, ele me chamou a atenção por ter um sorriso largo, uma energia contagiante.
Quando a gente começou a conversar, foi por meio da Thayse e a partir daquele momento sempre que ele passava por mim, brincava e sorria. Com o passar do tempo, a gente descobriu que o nosso trabalho era pertinho e que ele morava a uma quadra da minha casa. Às vezes a gente se encontrava no meio do caminho e descíamos conversando até o trabalho, a minha manhã era mais feliz.
Não existem palavras para descrever o talento que esse menino tem. O Diogo não é só talentoso, não é só alegre, ele não só tem uma energia magnífica.
O Diogo é muitas outras coisas, ele é amigo e além de tudo é um ser humano gentil. Um ser humano que hoje está tão difícil de encontrar, posso dizer, que o Diogo tem uma alma pura e merece ser olhado com muito amor e carinho.
Henrique Wagmaker – Publicitário
O Di chegou para mim no inicio da faculdade, por um amigo em comum que comentou sobre conhecer ele e etc. Por ele ter sido de grade invertida do nosso curso o nosso contato maior era apenas em um semestre, quando dividíamos sala, porém, nunca perdemos contato dentro da faculdade e fora dela.
Ele sempre foi muuuuito carinhoso e dava pra ver que ele tinha uma confiança muito grande em mim todas as vezes que ele me procurava pra conversar sobre algo e até mesmo quando revelou alguns segredos dele comigo e eu me sentia na obrigação de conversar com ele sobre, pra tentar sempre ajudar de alguma forma. E essa abertura se tornou muito importante tanto pra mim quanto pra ele, e era perceptível todas as vezes que ele me ligava só pra falar sobre coisas da vida e pra contar algo ou pedir algum conselho sobre problemas e indecisões.
Eu lembro até hoje, nitidamente do último dia que vi ele antes do acidente. Era numa quinta-feira, e resolvi sair com uns amigos pra Paraná. E naquele dia coincidentemente ele tinha dado carona pra um amigo que também estava indo na Paraná. E nessa noite nós nos encontramos depois de 2 meses sem se ver pessoalmente, toda vez que eu lembro desse dia eu consigo de longe sentir o abraço e o colo dele, porque como sempre tivemos muito carinho um pelo outro, foi um abraço de saudade e de ver que estava tudo bem com ambos. Ele estava mega feliz porque tinha recém ganhado um carro do pai e que naquele fim de semana estava indo viajar com uns amigos. Depois de um tempo conversando nos despedimos e ele foi pra casa. No domingo eu acordei com a noticia do acidente, porém eu não tinha noção da gravidade que foi e acabei mandando mensagem pra saber se estava tudo bem, quando me dei conta, entrei em desespero e fiquei mal o dia todo querendo noticias.
Na mesma semana me colocaram num grupo do WhatsApp com os amigos dele e da amiga que veio a falecer no coma, e comecei a receber noticias dele e foi a partir daí que eu descobri o meu lado mais humano. Quando ele saiu da UTI e foi pro quarto, precisava de acompanhante para ajudar a cuidar dele, até então eu não tinha ido visita-lo porque estava sem coragem e não sabia qual seria minha reação e não sabia o estado que ele se encontrava. Mesmo assim eu coloquei o meu nome na lista de acompanhantes para qualquer dia e qualquer horário. Lembro que meu primeiro plantão com ele foi das 7h às 19h, e quando cheguei no quarto eu respirei fundo e tratei tudo com a maior naturalidade possível, conversando com ele mesmo ele não reagindo, auxiliando em banho, troca de frauda e etc.
O maior desafio nisso tudo foi o plantão que fiz de 24h dentro do hospital, onde eu acompanhei uma rotina completa dos cuidados. As vezes eu precisava sair um pouco pra dar uma respirada e não chorar na frente dele, porque a todo momento se deve mostrar forte para conseguir emanar forças pra ele.
Muita gente chegava pra mim e falava: “eu nunca vi voces saindo juntos, nunca vi voces tão próximos e voce esta fazendo tanto por ele, porque??” Eu simplesmente fiz, independente, eu me sentia na obrigação e necessidade de ajudar ele com qualquer coisa que fosse!
Depois que ele foi pra clínica eu não tive mais contato com ele por conta da pandemia, somente por vídeos que mandam até hoje no grupo. E se hoje, eu pudesse definir o Diogo em uma palavra, eu definiria em FORÇA! Porque nem os médicos acreditavam que ele sobreviveria por conta da gravidade que foi o acidente, mas de pouco em pouco ele foi melhorando e se recuperando. E se ele tem consciência de tudo o que aconteceu e de tudo que eu fiz por ele e pra ele, isso pouco me importa. O que importa é o dia que eu vou vê-lo novamente, dessa vez mais consciente e poder ver de perto que tudo correu bem e que tudo ainda vai ficar ainda melhor.
Lucas Alcantara – Advogado
Eu gosto de dizer que conheci o Diogo lá pela metade de 2019. Difícil explicar desde quando a gente se conhece mesmo, porque estivemos perto um do outro desde que comecei a faculdade. O Diogo era aquela pessoa que eu via de vez em quando, mas que sempre trazia a alegria com ele.
Mas foi lá por agosto que nos encontramos em um bar, começamos a conversar e, quando percebemos, tínhamos passado a noite inteira juntos falando sobre as coisas mais banais até as mais profundamente pessoais. A partir daí não paramos de nos falar e em menos de um mês já considerava ele um dos meus melhores amigos.
O Diogo tinha esse jeito de se abrir perto das pessoas que ele gostava. Eu acho que precisa de um tipo especial de coragem pra se deixar vulnerável assim. Mesmo nos momentos mais difíceis, o Diogo sempre me trazia alegria e também demonstrava afeto nos momentos mais inusitados. Ele sempre tirava o melhor de todo mundo que teve e tem a sorte de o conhecer. Eu me sentia uma pessoa melhor só por ter ele por perto.
Hoje, no dia que escrevo isso, faz exatamente um ano desde que sofremos o acidente e não teve um dia que eu não senti falta dele do meu lado. Uma parte muito difícil da sua recuperação já passou, mas o Diogo ainda tem muitos obstáculos pela frente e estamos todos fazendo o melhor pra ajudarmos no que pudermos.
Esperamos poder ver ele melhor e, quem sabe, até sorridente andando cercado de amigos como sempre.
E AÍ, GOSTOU DO CONTEÚDO
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